MARACUJÁ
(Passiflora edulis)
Maracujá
Amarelo Azedo
Planta: Trepadeira,
vigorosa, alta, forte, de folhas cor verde intenso, ramos e gravinhas com
pigmentação difusa de coloração vermelho-púrpura ou rosa. Considera-se auto
estéril, dependendo de polinização cruzada para a produção de frutos (deve ser
polinizada por flores de outras plantas da mesma espécie, desta forma manter as
características da variedade). Flor: Abertura
depois das 12:00 horas, fechando-se após as 20:00 horas. Fruto: Redondo ou oval. Tamanho: De 5 a 8 cm de
diâmetro. Casca: Firme, fina, de
cor amarela canário brilhante. Polpa: Sucosa,
amarelo ouro, bastante ácida, aroma intenso.
Peso: Variável, de 60 a 140
g. Época de Semeadura: Fim do
inverno, primavera ou verão (viveiros). Melhor
Época de Plantio: (Transplante ao lugar definitivo): Setembro a março
onde não ocorrem temperaturas inferiores a 23 °C. Em Minas Gerais e São Paulo
costuma-se fazer a semeadura no fim de agosto e início de setembro, assim as
mudas são plantadas no lugar definitivo de outubro a novembro. No sul do
Brasil, fazer a semeadura em estufa, durante o inverno, para transplante em
setembro a campo aberto. Consumo de
Sementes: 100 a 120g por hectare. Clima: É um dos fatores mais importantes na cultura do Maracujá. Temperatura: O ideal para o melhor
desenvolvimento das plantas é regiões com temperaturas de 26 a 30 °C.
Temperaturas muito altas ou muito baixas afetam o desenvolvimento dos frutos.
Em lugares de baixa temperatura e dias curtos não há frutificação, necessita no
mínimo de 11 horas de luz por dia. Pluviometria:
Considera-se como melhores condições para o desenvolvimento e produção, regiões
com precipitações entre 700 a 1.800 mm, distribuídos adequadamente durante todo
o ano. Evitar lugares com precipitações intensas e freqüentes na época das
floradas, porque os grãos do
pólen se rompem em contato com a
umidade, e os insetos polinizadores reduzem sua atividade. Períodos prolongados
de seca, reduzem e retarda o desenvolvimento da planta, a floração e, conseqüentemente
a produção de frutos. Solo: Pode-se
semear em quase todos os tipos de solo, desde que sejam profundos e bem drenados.
Os melhores solos são os arenosos, ricos em matéria orgânica, com pH a partir
de 5,0. Semeadura (viveiros): Existem
diversos sistemas, porém, recomendamos a semeadura indireta, fazendo mudas em
saquinhos plásticos. Os viveiros são feitos considerando que as mudas se
encontrem aptas para o transplante na melhor época de Plantio. Usar saquinhos
de 15 a 18 cm de largura por 25 a 30 cm de comprimento colocando: a) uma parte
de esterco de curral bem curtido; b) 3 partes de terra, se possível
esterilizada com calor ou tratada com Brometo de Metila. Semear 6 a 7 sementes
em cada saquinho cobrindo com uma camada fina de terra (aproximadamente 1 a 1,5
cm), compactar levemente, tendo o cuidado de regar de manhã cedo e à tarde,
após as horas de sol quente, evitando os excessos de água no solo. Colocar os
saquinhos em local de sol indireto. Em lugares muito quentes, recomenda-se
fazer uma cobertura de sombrite a 2 metros de altura para proteger as mudas. Germinação: Desde que sejam semeadas
em condições adequadas de temperaturas (25 a 30 °C) e umidade suficiente, a
germinação das sementes deverá ocorrer 18 a 30 dias após a semeadura. Desbaste: Quando as mudas
estiverem com 6 a 7 cm de altura fazer o 1° desbaste deixando as duas melhores
mudas 15 dias depois fazer um segundo desbaste deixando só uma muda. Retirar
gradativamente a cobertura dos viveiros após o desbaste. Espaçamento: Varia conforme a
variedade escolhida, o clima, solo, sistema de condução e
plantio manual ou mecanizado. Em geral
se usa para:
Plantio Manual: 1,0 m entre fileiras e
3,0 m entre covas.
N° de covas / hectare = 3.333
Plantio Mecanizado: 2,0 m entre fileiras
e 3,0 m entre covas.
N° de covas / hectare = 1.666
(recomenda-se fazer 10% a mais de
mudas).
Coveamento: Fazer covas de 40 x
40 x 40 cm, localizadas nas filas entre as estacas da espaldeira. A terra
retirada das covas deve ser misturada com os adubos correspondentes (prévia análise
do solo). Preparar as covas 35 a 45 dias antes do transplante. Transplante: Quando as mudas
alcançarem 20 a 30 cm de altura (aproximadamente 55 a 65 dias após a semeadura)
colocam-se as mudas nas covas e cobre-se com o resto da terra, compactando-a ao
redor da muda, formando uma bacia que pode ser coberta com uma camada de capim seco. Regar com 5 a 6 litros de
água. De preferência fazer o transplante das mudas depois de um dia de chuva ou
em um dia nublado, para assegurar a melhor adaptação das mudas ao novo lugar. Sistema de Condução: Cerca ou
espaldeira. É o mais usado, com mourões e estacas de 2,5 m de comprimento
enterradas a 50 cm de profundidade com 1 fio de arame a 1,8 m de altura. Os mourões são colocados no início, no
fim e a cada 25 metros na fileira. As estacas são colocadas em espaçamento de 4
a 6m dependendo do espaçamento entre as plantas. O fio de arame é estendido e
fixado em cima de cada mourão e estaca. De cada cova são esticados fitilhos
plásticos ou fincados bambus segurando a muda
que vai ser conduzida neste tutor vertical até o arame, facilitando a
propagação e desenvolvimento das plantas. Poda: 20 a 25 dias após o
transplante das mudas ao lugar definitivo, iniciar a poda de formação. Eliminar
todas as brotações laterais a cada semana e deixar somente o ramo principal (haste)
que ser conduzida até o fio de arame. Quando a planta (ramo guia) alcançar 12 a
15 cm acima do arame, cortar o broto terminal (broto do ramo principal) cinco
centímetros abaixo do arame. Assim, crescerão os novos brotos laterais que
serão conduzidos para ambos os lados do arame e amarrados com fios plásticos.
Quando estes brotos laterais atingirem a planta seguinte, deverão ser podados a
uma distância de 50 cm da próxima planta para assim fazer a brotação dos ramos
laterais (gemas laterais) que crescerão em direção ao solo e serão os ramos
produtivos que devem estar livres para facilitar a penetração da luz e arejamento.
Mantê-los a 40 ou 50 cm do solo. Eliminar todos os brotos e gravinhas que
prejudicam e entrelaçam as hastes dos ramos produtivos. Poda de limpeza : fazer
na entre-safra, retirando os ramos doentes, secos, murchos ou quebrados. A poda
de frutificação é opcional, porém, tem como vantagens : - melhor e maior
exposição ao sol das plantas. - menor incidência de doenças e pragas em plantas
e frutos (plantas mais sadias).
- Facilita os tratos culturais e
colheita.
- Diminui o peso dos ramos, assim não
tocam o solo.
Polinização:
Tradicionalmente
é feita de 2 maneiras :
a) Natural - é realizado por abelhas
Mamangava (xylocopa spp), considerado o principal inseto polinizador do
MARACUJÁ. Como esta polinização em geral é feita no centro do plantio deixando
áreas descobertas, é considerada deficiente.
b) Artificial ou Manual - quando as
flores abrem (depois do meio dia) usar as dedeiras de flanela e tocar levemente
as flores retirando pólen de uma planta, levar para outra e passar em apenas um
lado da fileira (consegue-se um rendimento maior).Normalmente usa-se este
método nos períodos de maior floração. Adubação
: O Maracujá é muito exigente em adubação, porém deve-se adubar de
acordo com a análise do solo do lugar escolhido para o plantio. Costuma-se
dividir a adubação em três aplicações por ano, aplicando a mistura fertilizante
a lanço e em cobertura. Tratos
culturais: Controlar as ervas daninhas, especialmente no primeiro ano e
na época da seca, cuidando para não produzir doenças nas raízes das plantas e
fazendo as podas. No segundo e terceiro ano, fazer capinas regulares e leves
nas linhas de plantio. Caminhar pelo menos uma vez por semana nos plantios para
verificar deficiência de nutrientes, doenças ou pragas. Colheita: Inicia-se de 6 a nove meses após o transplante (os
frutos estarão prontos para serem colhidos 50 a 70 dias após a polinização).
Região com temperaturas elevadas e irrigadas permitem a colheita durante 10
meses do ano. Em outras regiões a colheita dura de 6 a 8 meses, com dois a três
picos de produção. Os frutos maduros caem ao solo e devem ser colhidos diariamente
(para evitar perda de peso). Rendimento:
O rendimento depende da Época de Plantio, condições climáticas, espaçamento,
Tratos Culturais, adubação, cuidados fitossanitários, água disponível,
variedade, etc.
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