segunda-feira, 16 de maio de 2016

MARACUJÁ (Passiflora edulis)

MARACUJÁ (Passiflora edulis)

Maracujá Amarelo Azedo
Planta: Trepadeira, vigorosa, alta, forte, de folhas cor verde intenso, ramos e gravinhas com pigmentação difusa de coloração vermelho-púrpura ou rosa. Considera-se auto estéril, dependendo de polinização cruzada para a produção de frutos (deve ser polinizada por flores de outras plantas da mesma espécie, desta forma manter as características da variedade). Flor: Abertura depois das 12:00 horas, fechando-se após as 20:00 horas. Fruto: Redondo ou oval. Tamanho: De 5 a 8 cm de diâmetro. Casca: Firme, fina, de cor amarela canário brilhante. Polpa: Sucosa, amarelo ouro, bastante ácida, aroma intenso.
Peso: Variável, de 60 a 140 g. Época de Semeadura: Fim do inverno, primavera ou verão (viveiros). Melhor Época de Plantio: (Transplante ao lugar definitivo): Setembro a março onde não ocorrem temperaturas inferiores a 23 °C. Em Minas Gerais e São Paulo costuma-se fazer a semeadura no fim de agosto e início de setembro, assim as mudas são plantadas no lugar definitivo de outubro a novembro. No sul do Brasil, fazer a semeadura em estufa, durante o inverno, para transplante em setembro a campo aberto. Consumo de Sementes: 100 a 120g por hectare. Clima: É um dos fatores mais importantes na cultura do Maracujá. Temperatura: O ideal para o melhor desenvolvimento das plantas é regiões com temperaturas de 26 a 30 °C. Temperaturas muito altas ou muito baixas afetam o desenvolvimento dos frutos. Em lugares de baixa temperatura e dias curtos não há frutificação, necessita no mínimo de 11 horas de luz por dia. Pluviometria: Considera-se como melhores condições para o desenvolvimento e produção, regiões com precipitações entre 700 a 1.800 mm, distribuídos adequadamente durante todo o ano. Evitar lugares com precipitações intensas e freqüentes na época das floradas, porque os grãos do
pólen se rompem em contato com a umidade, e os insetos polinizadores reduzem sua atividade. Períodos prolongados de seca, reduzem e retarda o desenvolvimento da planta, a floração e, conseqüentemente a produção de frutos. Solo: Pode-se semear em quase todos os tipos de solo, desde que sejam profundos e bem drenados. Os melhores solos são os arenosos, ricos em matéria orgânica, com pH a partir de 5,0. Semeadura (viveiros): Existem diversos sistemas, porém, recomendamos a semeadura indireta, fazendo mudas em saquinhos plásticos. Os viveiros são feitos considerando que as mudas se encontrem aptas para o transplante na melhor época de Plantio. Usar saquinhos de 15 a 18 cm de largura por 25 a 30 cm de comprimento colocando: a) uma parte de esterco de curral bem curtido; b) 3 partes de terra, se possível esterilizada com calor ou tratada com Brometo de Metila. Semear 6 a 7 sementes em cada saquinho cobrindo com uma camada fina de terra (aproximadamente 1 a 1,5 cm), compactar levemente, tendo o cuidado de regar de manhã cedo e à tarde, após as horas de sol quente, evitando os excessos de água no solo. Colocar os saquinhos em local de sol indireto. Em lugares muito quentes, recomenda-se fazer uma cobertura de sombrite a 2 metros de altura para proteger as mudas. Germinação: Desde que sejam semeadas em condições adequadas de temperaturas (25 a 30 °C) e umidade suficiente, a germinação das sementes deverá ocorrer 18 a 30 dias após a semeadura. Desbaste: Quando as mudas estiverem com 6 a 7 cm de altura fazer o 1° desbaste deixando as duas melhores mudas 15 dias depois fazer um segundo desbaste deixando só uma muda. Retirar gradativamente a cobertura dos viveiros após o desbaste. Espaçamento: Varia conforme a variedade escolhida, o clima, solo, sistema de condução e
plantio manual ou mecanizado. Em geral se usa para:
Plantio Manual: 1,0 m entre fileiras e 3,0 m entre covas.
N° de covas / hectare = 3.333
Plantio Mecanizado: 2,0 m entre fileiras e 3,0 m entre covas.
N° de covas / hectare = 1.666
(recomenda-se fazer 10% a mais de mudas).
Coveamento: Fazer covas de 40 x 40 x 40 cm, localizadas nas filas entre as estacas da espaldeira. A terra retirada das covas deve ser misturada com os adubos correspondentes (prévia análise do solo). Preparar as covas 35 a 45 dias antes do transplante. Transplante: Quando as mudas alcançarem 20 a 30 cm de altura (aproximadamente 55 a 65 dias após a semeadura) colocam-se as mudas nas covas e cobre-se com o resto da terra, compactando-a ao redor da muda, formando uma bacia que pode ser coberta com uma camada de capim seco. Regar com 5 a 6 litros de água. De preferência fazer o transplante das mudas depois de um dia de chuva ou em um dia nublado, para assegurar a melhor adaptação das mudas ao novo lugar. Sistema de Condução: Cerca ou espaldeira. É o mais usado, com mourões e estacas de 2,5 m de comprimento enterradas a 50 cm de profundidade com 1 fio de arame a 1,8 m de altura. Os mourões são colocados no início, no fim e a cada 25 metros na fileira. As estacas são colocadas em espaçamento de 4 a 6m dependendo do espaçamento entre as plantas. O fio de arame é estendido e fixado em cima de cada mourão e estaca. De cada cova são esticados fitilhos plásticos ou fincados bambus segurando a muda que vai ser conduzida neste tutor vertical até o arame, facilitando a propagação e desenvolvimento das plantas. Poda: 20 a 25 dias após o transplante das mudas ao lugar definitivo, iniciar a poda de formação. Eliminar todas as brotações laterais a cada semana e deixar somente o ramo principal (haste) que ser conduzida até o fio de arame. Quando a planta (ramo guia) alcançar 12 a 15 cm acima do arame, cortar o broto terminal (broto do ramo principal) cinco centímetros abaixo do arame. Assim, crescerão os novos brotos laterais que serão conduzidos para ambos os lados do arame e amarrados com fios plásticos. Quando estes brotos laterais atingirem a planta seguinte, deverão ser podados a uma distância de 50 cm da próxima planta para assim fazer a brotação dos ramos laterais (gemas laterais) que crescerão em direção ao solo e serão os ramos produtivos que devem estar livres para facilitar a penetração da luz e arejamento. Mantê-los a 40 ou 50 cm do solo. Eliminar todos os brotos e gravinhas que prejudicam e entrelaçam as hastes dos ramos produtivos. Poda de limpeza : fazer na entre-safra, retirando os ramos doentes, secos, murchos ou quebrados. A poda de frutificação é opcional, porém, tem como vantagens : - melhor e maior exposição ao sol das plantas. - menor incidência de doenças e pragas em plantas e frutos (plantas mais sadias).
- Facilita os tratos culturais e colheita.
- Diminui o peso dos ramos, assim não tocam o solo.
Polinização: Tradicionalmente é feita de 2 maneiras :
a) Natural - é realizado por abelhas Mamangava (xylocopa spp), considerado o principal inseto polinizador do MARACUJÁ. Como esta polinização em geral é feita no centro do plantio deixando áreas descobertas, é considerada deficiente.

b) Artificial ou Manual - quando as flores abrem (depois do meio dia) usar as dedeiras de flanela e tocar levemente as flores retirando pólen de uma planta, levar para outra e passar em apenas um lado da fileira (consegue-se um rendimento maior).Normalmente usa-se este método nos períodos de maior floração. Adubação : O Maracujá é muito exigente em adubação, porém deve-se adubar de acordo com a análise do solo do lugar escolhido para o plantio. Costuma-se dividir a adubação em três aplicações por ano, aplicando a mistura fertilizante a lanço e em cobertura. Tratos culturais: Controlar as ervas daninhas, especialmente no primeiro ano e na época da seca, cuidando para não produzir doenças nas raízes das plantas e fazendo as podas. No segundo e terceiro ano, fazer capinas regulares e leves nas linhas de plantio. Caminhar pelo menos uma vez por semana nos plantios para verificar deficiência de nutrientes, doenças ou pragas. Colheita: Inicia-se de 6 a nove meses após o transplante (os frutos estarão prontos para serem colhidos 50 a 70 dias após a polinização). Região com temperaturas elevadas e irrigadas permitem a colheita durante 10 meses do ano. Em outras regiões a colheita dura de 6 a 8 meses, com dois a três picos de produção. Os frutos maduros caem ao solo e devem ser colhidos diariamente (para evitar perda de peso). Rendimento: O rendimento depende da Época de Plantio, condições climáticas, espaçamento, Tratos Culturais, adubação, cuidados fitossanitários, água disponível, variedade, etc.

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