ASTERÁCEAS (COMPOSTA) (Alcachofra, Alface, Almeirão, Chicória)

DOENÇAS, PRAGAS E DESORDENS FISIOLÓGICAS

DAS HORTALIÇAS POR FAMÍLIA ASTERÁCEAS (COMPOSTA)

(Alcachofra, Alface, Almeirão, Chicória)

Doenças:

a) Septoriose – “Septoria lactucae” - Caracteriza-se por ocorrer principalmente nas folhas e os principais e mais visíveis sintomas são manchas com contornos irregulares. São indicadas como medidas de controle o uso de sementes sadias e a rotação de cultura por 3 a 4 anos, bem como aplicações de Rovral.

b) Podridão de Esclerotínia – “Sclerotinia sclerotiorum” - O fungo caracteriza-se por colonizar a base da planta, causando apodrecimento do caule e da base das folhas. Os escleródios assemelham-se a um grão de arroz (brancos no início e pretos no estágio mais avançado). Como medidas de controle, adota-se a rotação de culturas com gramíneas, a utilização de solos bem drenados, aplicação de Rovral, e tratamento de solo com Basamid.

c) Queima da Saia – “Rhizoctonia solani” - Caracteriza-se por ocorrer murcha e seca nas folhas basais e/ou medianas. Na nervura central e/ou na base do limbo foliar ocorre o crescimento de micélio vigoroso e frouxo, branco no início, tornando-se pardo num estágio mais avançado. Temos como medidas de controle a rotação de culturas com gramíneas, a utilização de solos bem drenados, aplicação de Rovral e tratamento de solo com Basamid.

d) Míldio – “Bremia lactucae” - Caracteriza-se por atacar as folhas cloróticas, de tamanho variável, posteriormente tornando-se pardacentas para necróticas. Na face inferior da área afetada, nota-se a frutificação do fungo, de aspecto branco. O controle pode ser feito através da rotação de culturas, utilização de um solo bem drenado, e aplicação de Folpet.

e) Mosaico LMV – “Lettuce mosaic vírus” - É transmitido por afídeos e pela semente. Caracteriza-se pelo clareamento de nervuras e mosaico, distorção das folhas e amarelecimento, resultando na má formação da cabeça.

Pode ser controlado através do uso de sementes sadias, utilização de cultivares resistentes e pela eliminação de plantas hospedeiras de viroses.

Pragas:

a) Lagartas – “Agrotis ipsilon”, “Spodoptera frugiperda” - Danificam as folhas.

O controle pode ser feito com aplicações de Dipterex, Folidol, Bulldock.

b) Paquinhas - “Neocutilla sp” - Adulto e ninfa alimentam-se principalmente de raízes em plantas novas. Adulto e ninfa alimentam-se principalmente de raízes em plantas novas. O controle pode ser feito com aplicações de Dimexion, Folidol, Sevin.

c) Vaquinha - “Diabrotica speciosa” - Adultos atacam as folhas novas, abrindo um grande número de perfurações pequenas, que afetam o desenvolvimento da planta. O controle pode ser feito com aplicações de Sevin.

d) Tripes – “Thrips Tabaci” - São sugadores de seiva. Ataques intensos, inicialmente com lesões de brilho prateado. Posteriormente secam e morrem. São vetores de vírus. O controle pode ser feito com aplicações de Sevin, Carbaryl, Tamaron.

e) Pulgão - “Dactynotus sonchi” e outros - São vetores de viroses.

O controle pode ser feito com aplicações de Folidol.

f) Mosca Minadora - “Liriomyza sp” - As larvas penetram nas folhas, formando galerias. O controle pode ser feito com aplicações de Decis, Hostathion.

g) Nematóides - “Meloidogyne sp” – Causam subdesenvolvimento da planta, amarelecimento das folhas. No campo, ocorre em reboleiras. Formação de galhas nas raízes. O controle pode ser feito através de Rotação de culturas e por tratamento de solo com Basamid.

Desordens Fisiológicas:

a) Deficiências Nutricionais

1 - Fósforo: causa nanismo nas plantas, folhas de coloração verde opaco, progredindo para bronzeamento.

2 - Cálcio: necrose marginal. Potássio: folhas pálidas, clorose internerval.

3 - Boro: folhas duras, quebradiças, atrofiamento das raízes.

Como medidas de tratamento/controle, temos a boa adubação de base, a utilização de fertirrigação equilibrada e o uso de adubos foliares como Calbit C.

b) Tip Burn” Necrose Marginal das Folhas – Causado por deficiência de Cálcio, alta concentração de sais, desequilíbrio no balanço nutricional, e por temperatura alta e excesso de umidade. Como medidas de tratamento/controle temos o balanceamento entre os elementos químicos e as aplicações foliares.

c) Pendoamento Precoce - As causas podem ser genéticas e climáticas (oscilações bruscas de temperatura). Pode ser evitado através da utilização de cultivares resistentes e pela adoção correta da época de plantio.

d) Plantas com Injúrias – Causadas pela poluição do ar, toxidez por defensivos, alta salinidade do solo, stress hídrico. O controle pode ser feito através do manejo adequado de água e fertilizantes.