quarta-feira, 18 de maio de 2016

ABACAXI – CODEX SATN 182-183

PLANO DE REVISÃO DO CODEX PARA O PADRÃO DE ABACAXI – CODEX SATN 182-183
Definição do Produto


Esse padrão deve ser aplicado em variedades comerciais de abacaxi (Ananas comosus L.) da família Bromeliaceae, de forma a dar suporte ao consumo e à comercialização dos produtos frescos, ou seja, produtos in natura embalados. Estão excluídos os produtos destinados ao processamento.
Qualidade
Requerimentos mínimos


Os abacaxis frescos devem ter, em todas as classes e em cada classe específica, as seguintes especificações:

- inteiros, com ou sem coroa;

- frescos, incluindo a coroa, quando presente, a qual deve estar isenta de folhas murchas ou secas;

- produtos sadios; produtos afetados por podridões e deterioração microbiana, que não estão adequados ao consumo, devem ser excluídos;

- limpos, praticamente isentos de matérias estranhas;

- livres de injúrias causadas por insetos e roedores;

- isentos de manchas e sujeiras pronunciadas;

- livres de injúrias causadas por baixa e/ou alta temperatura;

- isentas de umidade externa anormal, excluindo a condensação proveniente da retirada do produto do armazenamento refrigerado;

- isentos de quaisquer odor e/ou sabor estranhos.

Quando o pedúnculo estiver presente no fruto, este deve ter no máximo dois centímetros e deve estar cortado transversalmente em linha reta e limpo.

O fruto deve estar fisiologicamente amadurecido de forma homogênea (sem opacidade, com sabor agradável e não excedendo em porosidade, e sem estar supermaduro ou em estado de senescência).

Os abacaxis devem ser colhidos de forma cuidadosa e ter alcançado o grau de desenvolvimento e maturação de acordo com os critérios próprios para a variedade e/ou tipo comercial e para a área em que eles foram produzidos.
O desenvolvimento e a condição dos abacaxis devem permitir:


§ o transporte e o manuseio;

§ chegada satisfatória ao mercado destino.

Quanto à maturidade, o conteúdo de sólidos solúveis no fruto fresco deve ser de pelo menos doze (12)ºBrix. Para determinação do grau Brix uma amostra representativa do suco de todos os frutos deve ser tomada.
Classificação


Os frutos de abacaxi são classificados nas três classes definidas a seguir:
Extraclasse


Os frutos nesta classe devem ter uma qualidade superior, apresentando as características da variedade e/ou tipo comercial.

Devem estar isentos de defeitos, com exceção daqueles que não comprometam a aparência geral do produto, nem a qualidade e apresentação quando embalado.

Quando presente no fruto, a coroa deverá ser única, ereta e de tamanho entre 50% e 150% do comprimento dos frutos com a coroa intacta.
Classe I


Os frutos desta classe devem ter uma boa qualidade e apresentar as características da variedade e/ou tipo comercial mais evidenciadas nesse particular .

São permitidos leves defeitos nos frutos, entretanto não devem afetar a sua aparência geral, a qualidade e a apresentação da embalagem.
Assim, são permitidos:


§ pequenos defeitos na cor, incluindo pontos ou manchas provocados pelo sol;

§ pequenos defeitos na casca (arranhões, cortes, riscos e manchas) desde que não excedam a 4% do total da superfície da área do fruto.

Os defeitos não devem, de nenhuma forma, afetar a polpa do fruto. Quando a coroa estiver presente no fruto, ela deverá ser única, ereta ou ligeiramente curva sem brotações laterais e de tamanho entre 50% e 150% do comprimento dos frutos.
Classe II


Nesta classe estão incluídos os frutos que não se enquadraram nas classes anteriores, mas que satisfazem os requisitos mínimos especificados na extraclasse, já citada.

Os defeitos permitidos nos frutos do abacaxi não devem afetar as suas características originais, mantendo a qualidade e a sua apresentação. São permitidos os seguintes defeitos:

§ defeitos no formato;

§ defeitos na coloração, incluindo manchas solares;

§ defeitos na casca (arranhões, cortes, riscos e manchas), não excedendo a 8% do total da superfície da área.

Os defeitos não devem, em nenhum dos casos, afetar a polpa do fruto. A coroa, se presente, única ou dupla, deve apresentar-se em linha reta ou levemente curva e livre de brotações laterais.
Tamanho


O tamanho é determinado pela média do peso do fruto com um mínimo de 700 g, exceto para os de tamanhos menores, tais como os das variedades Victoria e Queens, que devem ter um mínimo de 400 g, de acordo com a Tabela 4 a seguir:


Tolerâncias


No que se refere à qualidade e ao tamanho do abacaxi, será feita, em cada lote, uma inspeção para avaliar se os requisitos satisfazem à classe indicada.
Tolerância qualitativa
Extraclasse


Cinco por cento (5%), em número ou em peso, de abacaxis com problemas de qualidade não satisfazem a esta classe, indicando que os frutos estão mais próximos da Classe I.
Classe I


Dez por cento do número ou peso dos abacaxis não atendem ao requerimento desta classe, devendo ser classificados na Classe II.
Classe II


Dez por cento do número ou peso dos abacaxis não satisfazem a nenhum dos requerimentos desta classe, nem às exigências mínimas, com exceção de podridões e deteriorações, que indicam uma inadequação ao consumo.
Tolerâncias de tamanho


É aceita, para todas as classes, uma tolerância de tamanho da ordem de até 10%, em relação ao número ou ao peso dos frutos, correspondendo ao tamanho imediatamente abaixo ou acima da classe indicada para a embalagem.
Apresentação
Uniformidade


O conteúdo de cada embalagem deve ser uniforme, conter somente abacaxis da mesma procedência, variedade e/ou tipo comercial, qualidade e tamanho. Para a classe extra, a cor e a maturação devem ser uniformes. A parte visível do conteúdo da embalagem deve ser representativa
do total.
Embalagem


Os abacaxis devem ser embalados de maneira que fiquem bem protegidos.

O material usado no interior das embalagens deve ser novo, limpo e com qualidade suficiente para evitar qualquer injúria externa ou interna no produto. O uso de materiais, particularmente, papéis ou selos com especificações de comércio será permitido somente se forem usadas tinta ou cola não tóxicas.

Os abacaxis devem ser embalados em cada contêiner de acordo com o Código de Práticas para Embalagens e Transporte para Frutos e Vegetais Frescos (CAC/RCP 44-1995).
Descrição dos containers


O contêiner de transporte deve estar higienizado, conter ventilação adequada e resistência que permita o manuseio e o transporte sem causar danos ao produto. As embalagens devem estar livres de qualquer matéria e odores estranhos.
Rotulagem
Embalagens para consumidores


Devem ser usadas as seguintes especificações, para produtos frescos pré-embalados, contidas no General Standard for Labelling of Prepackaged Food (CODEX STAN 1-1985. Ver. 1-1991).
Natureza do produto


Caso o produto não esteja visível pelo lado de fora da embalagem, cada uma deve ser rotulada com o nome do produto e da variedade. A ausência da coroa deve ser indicada.
Contêineres de atacado


Cada embalagem deve conter no rótulo todas as indicações, em letras agrupadas do mesmo lado, legíveis e indeléveis, e visíveis pelo lado de fora da embalagem, ou em documentos que acompanhem o carregamento.
Identificação


Nome e endereço do exportador, embalador e/ou despachante. O código de identificação é opcional.
Natureza do produto


Nome do produto, caso o conteúdo da embalagem não seja visível pelo lado de fora. Nome da variedade ou tipo comercial (opcional).
Origem do produto


País de origem e, opcionalmente, descrever o nome da região ou local de cultivo.
Identificação comercial


§ classe;

§ tamanho (código do tamanho ou média do peso em gramas);

§ número de unidades (opcional);

§ peso líquido (opcional).
Nota de Inspeção Oficial


§ Opcional

§ Contaminantes

§ Metais pesados

Os abacaxis devem estar de acordo com os valores de metais pesados máximos estabelecidos no Codex Alimentarius Commission.
Resíduos de pesticidas


Os abacaxis devem estar de acordo com os valores de resíduos de pesticidas máximos estabelecidos no Codex Alimentarius Commission.
Higiene


É recomendável que o produto adequado a este padrão seja preparado e manuseado de acordo com o Recommended International Code of Practice – General Principles of Food Hygiene (CAC/RCP 1-1969, Ver. 3-1997) e o Codes of Hygienic Practice and Codes of Practice.

O produto deve estar de acordo com os critérios microbiológicos estabelecidos no Principles for the Establishment and Application of Microbiological Criteria for Foods (CAC/GL 21-1997).

Para aumentar ao máximo a vida útil do produto manuseado e embalado, este deve estar isento de matérias estranhas.

Quando avaliado por métodos de amostragem e análises, o produto deve estar livre de microrganismos, de parasitas ou qualquer outra substância em quantidades que possam representar problemas desaúde.

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